segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Virtudes...Generosidade

Generosidade
Quando guardamos muito, o dinheiro pode realmente nos aprisionar, gerando o vício de poupar, poupar, poupar para gastar no futuro (que aliás nunca chega, não é mesmo?). “No avaro, o futuro mata o presente”, diz o fi lósofo Fernando Savater. Podemos guardar para comprar casa, carro, tirar férias gostosas, mas não devemos viver apenas em função de engordar o pé-de-meia. Temos que gastar agora, para curtir a vida, e aprender a nos desprendermos do dinheiro. Assim, abrimos espaço para a generosidade, que é compartilhar o que temos com o outro. Ninguém está pedindo para você dividir sua conta bancária com alguém, basta ajudar quem necessita. Você pode fazer uma doação, emprestar dinheiro para um amigo ou simplesmente dar passagem para uma pessoa que vai atravessar a mesma porta que você. Porque generosidade e avareza não se resumem ao vil metal, é preciso que se diga. O ser humano também é avaro de sentimentos, sabia? Não ter tempo para os outros, não prestar atenção no que as pessoas dizem nem em suas necessidades é avareza. Em vez de focar em seu próprio umbigo, o contraponto está em ser solidário, entendendo que a solidariedade “só é verdadeiramente generosa desde que vá além do interesse”, como afirma o professor de filosofia da Universidade de Paris e escritor André Comte-Sponville, em seu Pequeno Tratado das Grandes Virtudes. Por isso, de nada adianta assinar um cheque para uma organização não-governamental se você fi car se achando “o cara” (olha aí a soberba entrando em cena, gente!). O correto é preencher o cheque pelo desejo verdadeiro e sincero de ajudar. De quebra, você compreende que quando reparte também se liberta, pois deixa de viver para acumular.

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